O Estado da Paraíba, localizado no nordeste brasileiro carece de uma maior critica política sobre os seus governantes. A forma de governo na Paraíba possui forte traço personalista, onde nomes são mais respeitados do que partidos e ideais. Falta discussão política na sala de aula, não da política de mídia, mais uma política crítica, com seus valores enraizados em Aristóteles e condensados em Foucault. A participação política quando toma as ruas, se parece com um carnaval fora de época: cores, bandeiras, trios elétricos e refrães demonstram os ideais dos candidatos.
Outra característica de nossa política, vivenciada principalmente no interior, são os fortes laços entre as famílias que monopolizam as prefeituras em suas mãos e a população. Para conseguir um atendimento digno, num posto de saúde, “o cidadão” deve estar aliado ao comando da prefeitura. Em épocas de eleições, como é o caso de Araruna, cidade da região do Curimataú, a população se divide em dois times: o gato, que usa camisas verdes e os jacarés que usam camisas vermelhas, estereótipos são inventados, e a briga entre a população toma o lugar da discussão política sobre o melhor para o município.
O conhecimento histórico pode e deve contribuir para uma análise crítica da sociedade vigente. Para isto iremos nos debruçar sobre a utilidade da história política para o estudo da história local.
Segundo Carmelo Ribeiro de Nascimento Filho:
Uma das características centrais da política paraibana é o personalismo, que torna senão irrelevante, no mínimo secundária, a existência de partidos políticos, uma vez que a base da política na Paraíba até muito recentemente foram às famílias, mediadas ou não por uma estrutura partidária, de ordinário, facilmente manipulada,
A base do governo na Paraíba ainda está calcada nas famílias que trazem com si uma sólida base de sustentação política local. Assim, podemos afirmar que a partir da perspectiva da Nova História Política é possível fundamentar uma história local crítica.
Concordo com o artigo deste blog, é certo que não apenas na Paraíba, mas em todo nordeste prevalece a cultura do personalismo, aqui as pessoas não votam em idéias e partidos, e sim em pessoas. Isto na minha breve concepção torna-se um erro grave, concentrar tanto poder na mão de alguns poucos em prol de muitos, levando em conta que nossa população não possui o menor censo de responsabilidade em fiscalizar os gastos públicos. E depois ficam a mercê da boa vontade de muitos patifes que estão com o poder concentrado em suas mãos é um prato cheio para a corrupção num país onde as leis são brandas para aqueles que possui influencia e dinheiro.
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