O Renascimento foi fruto das transformações políticas e sociais ocorridas na Europa (e também na Índia) durante os séculos 15 e 16. O próprio termo da palavra refere-se ao renascer do conhecimento então vigorado por Grécia e Roma. Em diversos países da Europa, pensadores inauguravam novas formas de ver as Ciências (então criação do Renascimento), as Artes, a Matemática, a Física, a História, a Literatura e a Filosofia. Como este blog é pessoal e caso você não goste de minhas escolhas, peço desculpas pela minha seleção, qualquer coisa enviei uma postagem. Aqui apresento os 10 renascentistas que mais admiro.
10° - René Descartes
Francês. Considerado pai da filosofia e da matemática moderna Descartes foi inovador em seu método que consistia em duvidar de toda ideia que não fosse clara. Só podemos dizer que algo existe se ele for provado. Para nós hoje isto é simples, mas este pensamento foi fundador da Filosofia Moderna. A dúvida faz com que sejamos sujeitos pensantes, daí a famosa frase ego cogito, ergo sum (penso, logo existo). Na matemática ele foi fundamental para a geometria analítica, tem muito aluno meu que hoje quer se vingar dele nas aulas de matemática.
9° - REMBRANDT (1609-1669)
Lição de Anatomia do Dr. Tulp
Nascido nos Países Baixos (atual Holanda e Bélgica), Rembrandt pintou o que poucos teriam condições para pintar em tempos de Inquisição, pois este viveu em um país protestante. Lição de Anatomia é a obra que eu mais gosto, na minha opinião ela descreve o gosto de se descobrir e de se ensinar, o rosto do professor e a surpresa dos alunos demonstram os contrastes de sua época, dois mundos que se encontravam. Outra coisa interessante é coisificação do ser humano, o corpo não é tão assustador quanto no auge da medievalidade. Gosto desta imagem como papel de parede.
8º - DANTE ALIGHIERI (1265 - 1321)
Li sua obra principal, A Divina Comédia quando tinha 13 anos, me aventurei naquela época, e mergulhei em seu universo quase como se ele fosse meu guia, passei pelo Inferno, conheci o Purgatório e enlouqueci no Paraíso. Italiano, ele foi um dos primeiros renascentistas e considerado o fundador da literatura de língua italiana. Agradeço minha colega Cláudia que hoje reside em Paris por ter me presenteado um livro tão gratificante.
7° - WILLIAM SHAKESPEARE (1564-1616)
Inglês, o drama humano foi reconstituído por Shakespeare em diversas peças teatrais. E até hoje ele é presença no Teatro, na TV e no Cinema. Confesso que fica difícil dizer qual foi sua maior tragédia, se Romeu e Julieta ou Hamlet. Dificilmente alguém compreendeu mais a vida do que ele. Quando criança achava toda aquele melosidade de Júlio César e Romeu e Julieta fantasia, com o passar do tempo, mudei de opinião, vejo que a vida é realmente trágica e que devemos nos adaptar a ela. Frasezinha legal: "ser ou não ser, eis a questão".
6° - ERASMO DE ROTERDÃ (1466 - 1536)
Quem nunca ouviu falar do livro Elogio da Loucura? Para mim ainda é um livro atual. Sei que vão vir com o papo de diversidade para mim, mas ele foi quem fez a ruptura para uma crítica aos dogmas da Igreja Católica, que me desculpem alguns devotos fanáticos, se prender a vida após a morte e viver miseravelmente é uma loucura. O interessante é que até o próprio papa de sua época achou a obra divertida e para quem ler pode observar que ela é cheia de sátiras e algumas passagens é sombria. Abaixo ao fanatismo, de Erasmo aos dias atuais.
5° - MIGUEL DE CERVANTES (1547 -1616)
Dom Quixote de La Mancha, um "grande cavaleiro", meu personagem predileto. Cervantes criticou nessa obras as "mentiras" e os absurdos da classe social mais orgulhosa de sua época: a nobreza. Sua obra inspira criatividade, a liberdade de criar, que nem o Dom Quixote fazia, mas ao mesmo tempo nos revela os limites de nossas "aventuras", como estamos presos num mundo sem magia. A razão renascentista dava risada da cara da fantasia dos cavaleiros. É em sua obra, se me permitam dizer, que começa na minha opinião a grade de ferro descrita por Weber. Mas bom escrever: viver sonhando as vezes é melhor do que viver a realidade.
4° - THOMAS MORUS (1478 - 1535)
Comecei a me interessar por Morus após assistir a série The Tudors. Assim, procurei saber mais sobre sua obra e o conceito de Utopia, ele viveu numa época de grande efervescência política na Inglaterra, durante o conturbado reino de Henrique VIII. A política é bela, o homem que a destrói, como não vemos saída, recorremos a Utopia, foi assim que Morus procurou criar uma cidade perfeita onde todos vivam bem. E de certa parte, penso mas na minhas utopias do que na realidade. Na minha opinião, ele foi um contra-ponto ao renascimento. Ainda não li sua obra, apenas resumos.
3° MAQUIAVEL (1469-1527)
Daqui pra frente ficou difícil decidir qual é meu predileto, Maquiavel é considerado o pai da Política Moderna, ou, um dos fundadores da Filosofia Política Moderna. Não é devido "aos fins justificar os meios" que eu o admiro, mas pela clareza de escrever um manual ensinando a governar. A prática política não é assim tão fácil de explicarmos, mas Maquiavel, para sua época o torna fácil. A necessidade de um príncipe é relevante em sua obra e seu conceito de Fortuna e Virtude, na minha humilde opinião, funciona em Araruna até os dias atuais.
2° - LEONARDO DA VINCI (1452-1519)
Mona Lisa
A quem diga que a Mona Lisa é o auto-retrato de Leonardo da Vinci... Mistérios, eis o motivo de gostar tanto dele. Como muitos sabem teorias sobre este renascentista ganharam o cinema. A explicação dado a Santa Ceia me deixou maravilhado, se realmente Da Vinci teve a intenção de "mijar" na cara da Igreja, ele deveria ser meu primeiro lugar, mas como tudo são teorias, ele está em segundo. Outra coisa que me admira nele é o fato dele ser um homem de inventos. Puxa, mal tinha um projeto já começava outro... E quando mistérios no sorriso de Monalisa.
1° - Johannes Kepler (1571-1630)
Fico extremamente chateado porque Kepler não é visto nos livros de História, mas só Galileu Galilei. Ele foi o elo entre Copérnico e Galileu. Vim gostar de sua obra ao assistir um dos capítulos da série Cosmos. Foi ele quem descobriu matematicamente a órbita da terra, confirmando a teoria de Copérnico e foi o primeiro a perceber que existia uma força entre os planetas que Newton denominou de gravidade. Alemão, ele teve oportunidade de se aprofundar em seus estudos com o apoio da Igreja protestante. Aí está, Kepler em 1° lugar, para ser dado mais valor.
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