No final do século XIX, além já das formuladas críticas liberais e socialistas, todas as duas de cunho idealista, surgiu uma crítica científica. Para os teóricos destas críticas científicas, a soberania popular é um ideal-limite e nunca vai corresponder a realidade. Pois seja de qualquer ideal político ou forma de governo, é sempre uma minoria que detém o poder político, segundo Gaetano Mosca, esta seria a “classe política”. Logo estes teóricos não acreditavam na Democracia, pois o poder é sempre de poucos, o poder é sempre oligárquico. Esta “classe política” é uma classe hereditária e que estaria sempre em um nível mais alto do que a população, mesmo podendo existir vários tipos de governo, esta classe se adapta sempre. Neste sentido nunca existiu Democracia, mas sim uma aristocracia governante.
Joseph Schumpeter, diz haver uma Democracia nesta teoria da elite. Para ele a Democracia surgiu de um bem geral originado pelo povo do qual este bem não podia ser identificado, a não ser no ato do voto. Assim, quando há vários grupos concorrendo a um cargo e do quais estes grupos precisam do voto popular, existiria assim Democracia. A Democracia seria a forma de regime do qual a contenda pelo poder é resolvida a favor de quem tiver mais voto, pois este é o líder do povo que antes não estava sendo identificado.
De acordo com a teoria de Schumpeter e da teoria da elite de Mosca, as presenças de classes políticas em concorrência diferenciam as duas teorias em alguns pontos. Em uma eleição de livre concorrência pode se chamar de eleição democrática e não uma continuação de poder hereditário ou de transmissão. Outra é no que se diz sobre a extensão dos poderes, quando há classes políticas em oposição entre o Governo Geral e o Governo Local que influenciam diversas localidades, é uma forma mais democrático em vez de haver um poder central organizado por um pequeno número de pessoas (a classe política). Por último é no que diz respeito à fonte do poder, se esta fonte foi organizada encima de uma eleição de confiança baseada em uma constituição, do qual este poder é renovável, é uma forma política democrática, mas se a fonte surgiu de dotes carismáticos do chefe ou de tomadas violentas do poder, não é uma forma democrática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário