Em momentos de crise econômica penso ser interessante reavaliarmos conceitos como Progresso e Decadência. São conceitos primordiais para quem gosta teleologia. A filosofia da história a partir da formação da modernidade ocidental, cultivou a ideia de Progresso como fim da humanidade. As luzes trariam a felicidade ao homem. Mas mesmo durante o iluminismo, Rousseau começou a criticar o "homem moderno" em favorecimento do homem natural. Em tempos de aquecimento global, até que Rousseau estava certo. Mas esse pessimismo não terminou nele, leiam este trecho escrito pelo jovem Goethe:
A vida humana não passa de um sonho. A muita gente ocorreu
essa impressão que também me acompanha por toda a parte.
Quando vejo os limites que aprisionam as faculdades de ação e
pesquisa do homem, e como toda atividade visa apenas a
satisfazer nossas necessidades, que por sua vez não tem outro
objetivo senão prolongar nossa mísera existência; quando
verifico que toda a tranqüilidade em relação a certos pontos não
passa de uma resignação sonhadora, como um prisioneiro que
enfeitasse de figuras multicoloridas e luminosas perspectivas as
paredes da sua prisão... tudo, Wilhelm, me faz emudecer.
Concentro-me e encontro um mundo em mim mesmo! Mas,
também aí, é um mundo mais de pressentimentos e desejos
obscuros do que de imagens nítidas e forças vivas. Tudo flutua
vagamente em meus sentidos, e assim, sorrindo e sonhando,
prossigo na minha viagem pelo mundo.
Pois bem! Depois dele tiveram vários! Nietzsche e sua paixão por Wagner, a tragédia de Nibelungos (tenho que ler a história). Após a II Guerra Mundial, penso que este mal estar é mais presente do que a ideia de Progresso. Os filmes com temas apocalípticos estão nos cinemas quase todas as semanas. Acho que não devemos deixar cair no pessimismo e pensar que nada vai ter jeito, mas sim devemos acabar com o que esta nos acabando, destruir tudo de vez e a partir dos escombros construir um mundo diferente que nem pensava o maluco do Unabomber!
Nenhum comentário:
Postar um comentário