Os teóricos do socialismo propõem o reforço da base popular no comando do Estado. Apesar disto, a meta do socialismo não está baseada necessariamente na política, mas sim na economia, ou seja, na emancipação econômica do homem. O sufrágio universal para o socialismo é o ponto de partida enquanto para o liberalismo é o topo da democracia.
O processo de democratização para o socialismo ocorre através da critica da Democracia representativa. Para o socialismo deveria haver participação direta do povo em vez de apenas o participacionismo liberal. Os órgãos políticos seguiriam a determinação econômica de alguns aparelhos estatais até as empresas, seria uma Democracia econômica, industrial com funcionamento de conselheiros operários.
Karl Marx defendia um “altogoverno dos produtores”, para este tipo de governo, o novo Estado da Comuna é um órgão de trabalho executivo e legislativo ao mesmo tempo, contrariando o parlamentarismo que mantinha os poderes divididos. A Comuna estende o ato eleitoral para toda parte do Estado, esta mesma Comuna é composta de conselheiros municipais eleitos por sufrágio universal.
A crítica ao parlamentarismo é que a sociedade liberal, capitalista desloca o poder do Estado para as empresas privadas e que, portanto, o controle em que o cidadão está em grau de exercer através dos canais tradicionais da Democracia não é suficiente para impedir os abusos de poder. Este tipo de abuso ocorre nos lugares de produção e nestes mesmos lugares aparecia o conselho de fábrica, organizada pelo proletariado, que seria o germe de um novo tipo de Estado, o Estado dos trabalhadores, que assim substituiria o Estado dos cidadãos. O sistema estatal em seu complexo será uma unificação de conselhos através de reagrupamentos passando de níveis territoriais e administrativos. Esta seria uma Democracia de conselhos em vez da Democracia parlamentar.
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