São Borja é conhecido primordialmente como a terra dos presidentes, são de lá figuras como Getúlio Vargas, João Gourlat e o atual governador petista Tarso Genro. Mas São Borja não possui uma história centrada apenas no século XX. Pois sua história apresenta-se a partir da posse da região pelos índios tape-guarani. Estes, catequizados pelas missões orientais a partir de 1682.
São Borja é o mais antigo dos Sete Povos das Missões. Em relação ao Tratado de Madri assinado em 1750, a Missão de São Borja não participou da Guerra Guaranítica, mesmo assim, a região apenas foi fixada ao território português em 1761. A partir de 1810, como plano de posse de Portugal, foram concedidas várias sesmarias na região com incentivo para as instalações de estâncias de gado.
Por ter localização privilegiada, São Borja serviu de Comando-Geral para as forças militares. Ponto estratégico na Guerra do Paraguai. Assim, o mesmo foi conquistado pelos paraguaios e reconquistado pelo Brasil. Nota-se que se tratando de um local, o estudo de São Borja revela várias micro-histórias do Brasil e conta um Brasil pouco conhecido, da cultura das estâncias de gado, de um povo que se viu como independente desde o Tratado de Madri e que brigou amplamente pela independência do Rio Grande do Sul durante a Farroupilha
Mas foi graças a essa história de luta que São Borja passou a ser palco da História Política do Brasil na primeira metade do século XX, não por ser apenas berço de Getúlio Vargas, mas sim porque se uniu para destruir os costumes de uma Nova República instalada em 1889.
Soldados da Guerra do Paraguai
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