O liberalismo é uma utopia; devemos retornar a Hegel e ultrapassá-lo; o fundamentalismo é politizado na era pós-política; fingimos que o aquecimento global não existe; o sujeito perdeu a transcendência após o trauma causado pelo capitalismo; a democracia não é uma forma perfeita de regime político e deve ser superado para resolver os problemas comuns da humanidade e por fim devemos recomeçar o caminho evitando os erros do socialismo e buscar uma maneira de efetivar o comunismo. São estas e várias outras questões que são tratadas no livro Vivendo no fim dos tempos do esloveno Slavoj Zizek. O livro não é apenas para filósofos, mas para todos os estudiosos de todas as diversas formas de conhecimentos (do arquiteto ao motorista da Coca-Cola). Ele é provocativo e busca quebrar vários paradigmas postos na era pós-socialista. É um livro que reflete as contradições do capitalismo e sua maneira teológica de seduzir o outro.
A sensação após a leitura é de que alguma coisa deve ser feita e não uma manifestação democrática do mais do mesmo para a mídia divulgar "Tá vendo! É a democracia! Todos têm liberdade de reclamar" Para barrar o trauma (como o desemprego em massa, por exemplo) é necessário ir a luta. O mas legal é que depois de cinco meses de leitura, vejo na internet a manifestação em São Paulo contra o aumento da passagem de ônibus. Mas uma manifestação que ultrapassa as fronteiras do respeitável democrático e que a mídia liberal utópica coloca os sujeitos traumatizados como vândalos e não como manifestastes que sofrem no Real.
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