Maze Runner: Correr ou morrer é o primeiro livro de uma série escrita pelo americano James Dashner. Trata-se de literatura infanto-juvenil, mas que atraiu a atenção de muitos adultos no mundo todo.
A Palavra Utopia significa lugar nenhum e é isto que Maze Runner é. Até onde me lembro, nunca tinha lido um livro com um começo tão misterioso quanto este, tanto... que qualquer coisa eu possa descrever deste livro passa a ser spoiler. Um garoto aparece dentro de uma gaiola num mundo totalmente estranho rodeado por adolescentes que o chamam de trolho e cara de mértila. A partir daqui não posso falar mais nada...
Em geral adorei a narrativa e o li em três dias. Trata-se de uma realidade alternativa (ou distopia). Um ambiente que apresenta uma organização social eficiente, mas que carrega em seu bojo o sentimento da falta de liberdade. Presos numa clareira localizada no centro de um enorme Labirinto, os jovens tiveram que aprender a sobreviver sobre regras fortíssimas, mas o que eles não esperavam era a mudança. Tudo muda com o tempo, só que a mudança descrita no livro foi drástica e força o grupo a quebrar suas regras. A cada quebra de regras uma novidade, e aquilo que parecia ser (que nem a caverna de Platão), deixa de ser.A Liberdade (a liberdade é uma jaula mais espaçosa) é um dos temas que pode ser trabalhado com o livro. Nos dá a sensação de que aquilo é a nossa vida. Fomos colocados na Terra sem lembrança de nada sobre o universo e tivemos que aprender a sobreviver a partir de regras sociais, não estamos acostumados a mudanças e quando elas acontecem, nos desesperamos. Outra pergunta que nos faz pensar: se tudo está em ordem para que mudar? O livro traz uma resposta - mudar para conhecer... conhecer para ser livre... Daí o conhecimento - que aparece como mistério do Labirinto - lembra muito a ideia de Aristóteles sobre a felicidade, apenas o conhecimento pode nos fazer felizes. O livro deixa essa dúvida do qual poderemos ter uma resposta concreta ao ler a Prova de Fogo, continuação da série.
O livro é muito bom e em nenhum momento cansa o leitor.
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