Faleceu nesta manhã por causa de insuficiência respiratória o ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima. Nascido no município de Guarabira, Ronaldo pertencia a uma tradicional família paraibana, os Cunha Lima, que até os dias atuais estão no poder no município de Areia.
Sua vida política começou no período democrático pós-1945. Elegeu-se inicialmente como vereador de Campina Grande com 942 votos, pertencia ao Partido Trabalhista Brasileiro e seguiu primordialmente ideologias de esquerda.
Ronaldo neste período fez parte de um grupo de oradores que o preparou para galgar cargos mais altos na vida política. Destaca-se neste grupo políticos como João Agripino, Raymundo Asfora e Pedro Gondim.
Ronaldo Cunha Lima formulou discursos cativantes em suas primeiras campanhas política todas escritas em versos que incluíam críticas e ironias referentes aos adversários.
No princípio era o verbo, aí vieram os Gaudêncio e os transformaram em verba; depois vieram os Agra e ficou só o princípio.
Ronaldo além de participar da política de redemocratização do Estado Novo participou no mesmo processo pós-Ditadura Militar. Inicialmente como prefeito de Campina Grande e logo depois como governador da Paraíba entre 1990 e 1994.
Foi um político ligado a mudanças ocorridas em seu tempo sempre atento as formas de discursos a ser utilizadas em campanhas políticas. Além do poeta e do político ele foi um sujeito histórico peculiar a cultura política paraibana que daria uma ótima tese de doutorado.
Excelente comentário sobre o histórico de Ronaldo Cunha Lima, que passou sua infância no sítio Cacimba do Gado em Araruna, e cujo qual o pai foi prefeito (Demóstenes Cunha Lima), de fato um personagem peculiar, tanto pela sua participação efetiva na política da Paraíba, quanto em sua trajetória nos campos da poesia, Ronaldo é realmente uma figura popular, com diversos episódios em sua vida, que dariam pano para muita manga em possíveis teses de mestrado ou doutorado.
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